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Avaliação: Honda City EX agrada, mas cobra caro

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Mensagem por cityclub Sex Jan 23, 2015 10:27 am

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Durante muitos anos, o Honda City aceitou sem ressentimentos a ideia de ser o irmão menor do Civic. Sempre teve seu fã clube, oferecendo “status de Honda” com preço mais acessível e dimensões mais amigáveis para estacionar nas apertadas vagas de prédios e shoppings.

Isso parece ter acabado com a chegada de sua segunda geração nacional, que foi lançada em setembro de 2014. Com ela, o Honda City ficou maior e disposto a assumir certas responsabilidades do Civic, que poderá sofrer um pouco com o “fogo amigo”.

Contudo, apesar dos avanços que tornaram o novo Honda City um carro indiscutivelmente melhor que seu predecessor, sua receita poderia ter um tempero mais picante, fato já observado quando AUTOPOLIS teve seu primeiro contato com o modelo, durante seu lançamento.

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Opção pela sobriedade

Visualmente, o novo Honda City ficou mais bonito e imponente, mas trilhou um caminho menos hi-tech e jovial do que o Fit, de quem compartilha plataforma e mecânica. Sedãs geralmente são mais sóbrios do que hatchbacks, mas bem que a Honda poderia ter subvertido esta regra e abusado um pouco mais no arrojo.

O caminho trilhado pelos japoneses foi o do “meio termo”. A ousadia dos vincos pronunciados nas laterais e a elegante curvatura do teto rumo à traseira alta e curta, convivem com faróis, lanternas e grade com linhas modernas, mas um tanto “caretas”. Nesse quesito, os faróis e grade poligonais do Fit são bem mais interessantes.

Merecem destaque as rodas de liga leve de 16 polegadas com acabamento diamantado e desenho esportivo, que casaram muito bem com o carro.

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As pernas agradecem

Se existe um item a ser destacado quanto ao interior do novo Honda City é o ótimo espaço para as pernas dos passageiros traseiros, que está 70 mm maior que do modelo antigo. Mesmo pessoas de maior estatura se acomodam bem, sem ficar com os joelhos roçando nos assentos dianteiros. Esse espaço todo decorre do entre-eixos 50 mm maior, num total de 2.600 mm.

A cabine, de um modo geral, tem bom acabamento, mas não chega a ser requintada, mantendo o luxo em níveis racionais. É elegante na medida para agradar seu público, geralmente já acostumado com alguns minimalismos típicos da Honda.

O painel do novo Honda City é bonito e ergonômico, com destaque para o computador de bordo com visor redondo agrupado ao lado direito do velocímetro e o ar-condicionado com controles sensíveis ao toque, uma solução muito elegante ao exterminar os antiquados botões seletores. Estes itens, porém, estão restritos às versões mais caras. O sistema multimídia possui uma tela grande, o que ajuda ao reproduzir as imagens da câmera de ré, mas que fica um pouco superdimensionada quando exibe apenas a estação de rádio sintonizada, o CD que está sendo reproduzido ou a ligação telefônica que está sendo feita. Pelo tamanho, parece ter sido concebida para incorporar um GPS, mas o navegador não é oferecido.

A lista de equipamentos talvez seja o item mais controverso do Honda City. A versão básica DX, oferecida apenas com câmbio manual, custa R$ 53.900 e traz apenas o que a lei obriga (ABS e airbag) e o essencial para a categoria, como ar-condicionado, direção elétrica, travas, vidros e retrovisores elétricos e sistema de som com conexões USB e auxiliar, mas sem Bluetooth. A versão avaliada EX, com preço de R$ 66.700, traz volante multifuncional, faróis de neblina, câmbio CVT com aletas para mudanças manuais de marchas atrás do volante, central multimídia com câmera de ré, computador de bordo e ar-condicionado digital com controles sensíveis ao toque.

E o que há de controverso? Os preços um tanto salgados. Como veremos mais pra frente, alguns concorrentes oferecem pacotes mais completos por preços mais competitivos.

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Performance conservadora

O Honda City 2015 tem um rodar agradável, com cabine confortável e melhor isolamento acústico, além de uma suspensão que absorve bem as imperfeições do piso. Em trechos sinuosos a direção com assistência elétrica é ágil na resposta aos comandos, sem ser muito macia. A estabilidade é boa e transmite segurança no contorno de curvas. Os freios, apesar de eficientes, deixaram de ser a disco nas quatro rodas, o que é um retrocesso um tanto inexplicável.

Sob o capô, o novo 1.5 i-VTEC FlexOne, o mesmo do Fit, gera 116 cv de potência a 6.000 rpm e torque de 15,3 kgfm a 4.800 giros, números obtidos quando abastecido com etanol. Sem tanquinho adicional de gasolina, nos dias frios o combustível é aquecido antes de ser injetado no motor, proporcionando partidas instantâneas.

Maldosamente chamado de “câmbio para quem não gosta de dirigir”, o CVT dita o comportamento do novo Honda City, nas virtudes e desvirtudes.

A principal característica desse tipo de transmissão é a redução no consumo, calculado em cerca de 8 a 10% se comparado a câmbios manuais ou automáticos convencionais, com engrenagens do tipo planetárias. Em contrapartida, o equipamento tem um funcionamento um tanto insosso, o que, para muitos, transforma a condução em uma experiência tão saborosa quanto chupar bala com papel.

Andando em velocidades constantes, o motor gira em baixas rotações, emitindo pouco ruído e otimizando o consumo. Nessas condições, tudo é muito suave e agradável. Contudo, quando é necessário fazer retomadas, como em ultrapassagens, ele se torna meio “gritão”, com o ruído do motor invadindo a cabine sem muita cerimônia. Com a tecla “S” acionada, ele mantém o motor em giros mais altos e fica um pouco mais ágil nas acelerações, mas o nível de ruído também aumenta. Se o motorista quiser um pouco mais de diversão poderá realizar mudanças manuais por meio das borboletas atrás do volante, com simulação de sete marchas virtuais.

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Na ponta do lápis

O novo Honda City é uma boa opção para a família, oferecendo espaço generoso para passageiros e bagagem (porta malas com 536 litros). É um carro bom de dirigir e seguro, sem que o desempenho conservador ofusque suas virtudes. O consumo não é brilhante, mas também não compromete: em nossa avaliação, sempre usando etanol, a média foi de 8,9 km/l, rodando predominantemente em perímetro urbano. Segundo dados do fabricante, a média cidade/estrada com etanol é de 9,4 km/l, subindo para 13,4 km/l quando abastecido apenas com gasolina.

Como mencionado anteriormente, ponto fraco do Honda City é o preço um tanto alto (R$ 66.700) para o que oferece em termos de requinte e lista de equipamentos. Arquirrivais como Hyundai HB20S (R$ 63.205) e Ford New Fiesta sedã (R$ 66.390), ainda que menos espaçosos, oferecem listas de equipamentos equivalentes ou superiores a preços menores.

Prós e Contras


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Vale a pena?

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FICHA TÉCNICA

HONDA CITY EX 1.5 i-VTEC FlexOne CVT 2015

Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros, 1.5 16 válvulas.
Combustível: gasolina/etanol.
Potência máxima: 115 cv (gasolina)/ 116 cv (etanol) a 6.000 rpm.
Torque máximo: 15,3 kgfm a 4.800 rpm.
Transmissão: automático CVT de sete velocidades virtuais.
Velocidade máxima: N/D.
Suspensão Dianteira: tipo McPherson.
Suspensão Traseira: barra de torção
Pneus: 185/55 R16.
Freios dianteiros: disco ventilado.
Freios traseiros: tambor.
Direção: assistência elétrica.
Carroceria: monobloco, com cinco lugares e quatro portas.
Altura (mm): 1.485.
Largura (mm): 1.695.
Comprimento (mm): 4.455.
Entre-eixos (mm): 2.600.
Tanque (L): 46.
Peso (kg): 1.520 kg.
Capacidade do porta-malas (L): 536.

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